Audiência

Após navio bater na Ponte, Alerj discute barcos à deriva na Baía

Comissão de Defesa do Meio Ambiente aborda situação

Em outubro do ano passado um barco à deriva bateu na ponte Rio-Niterói
Em outubro do ano passado um barco à deriva bateu na ponte Rio-Niterói |  Foto: Manuela Carvalho
  

A Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) discute em audiência pública, nesta segunda-feira (27), a situação dos navios abandonados na Baía de Guanabara.

A discussão vem após um barco à deriva bater na Ponte Rio-Niterói em novembro do ano passado, chegando a balançar a estrutura da via, onde circulam cerca de 150 mil veículos diariamente. Esse foi um dos exemplos utilizados pelo presidente da comissão, deputado Jorge Felippe Neto (Avante), ao justificar a necessidade de discutir o tema, além dos impactos ambientais que essa situação provoca.

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A ideia da reunião é encontrar uma solução com um termo de compromisso entre a indústria de saneamento e a naval.

O presidente da Comissão ainda reiterou que o problema não está em apenas um navio abandonado, mas em um volume expressivo de embarcações que seguem comprometendo a saúde da Baía de Guanabara.

“Queremos nessa reunião chegar a uma solução e em um bom termo de compromisso entre a indústria de saneamento e a naval. Temos que fazer com que os barcos, teoricamente abandonados, tenham uma obrigação ambiental. Existe todo um contexto em que eles podem e devem ser responsabilizados”, afirmou o deputado.

Felippe Neto chamou o engenheiro naval Tiago Lopes para fazer uma apresentação sobre o tema. 

"Essa questão de meio ambiente deve andar em paralelo com a economia do mar. Caso a gente tenha um acidente nas Baía de Guanabara, eu posso colocar meu Crea na mesa que não irá existir uma resposta de emergência eficaz", defendeu. No final, o engenheiro deixou uma reflexão para levantar um questionamento de que lado se deve estar, se do meio ambiente, ou dos poluidores. 

Também estiveram presentes na audiência o presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Philipe Campello; o superintendente regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama/RJ), Adilson Pinto Gil; e o professor de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Marcos Fernandez.

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